O galo

Observo um galo de enfeite na beirada da estante improvisada
Que ironia
A metáfora perfeita
À beira do precipício
É assim que me sinto
E o galo como que olhando pra baixo
A um passo de se estraçalhar
Qualquer esbarro e se torna apenas lixo
O pior de se estar a beira de um precipício é olhar pra baixo
Mas é engraçado ver a cara de contente do galo
Mas essa metáfora pode ser interpretada mais como o limite entre o caminho percorrido e o desconhecido
Forjado pela rebeldia
Pela necessidade de encontrar novos horizontes
Como se jogar em um caminhão sem saber o destino final 
O desespero da juventude que impulsiona a mover
Quando você percebe que tudo isso acaba 
Que a juventude passa
O desespero passa
Que não terá impulso
É então que você se apega à rebeldia
Enquanto é jovem
No final o galo é apenas um reflexo de mim.


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