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Mostrando postagens de março, 2020

Textão

Textão  Desculpa o textão, mas foi necessário. Nem sei se você vai ler até o final. Eu até gostaria de te falar tudo pessoalmente, mas se eu marcasse de conversar contigo, você iria chegar todo na defensiva e chapado, quase sem ouvir minha fala. Enfim! Não deve ser novidade esse assunto, já que a gente tá sempre conversando sobre isso: a sua falta de confiança em relação a mim! Sim! Você já deixou isso bem claro nas dezenas de vezes que conversamos, mas hoje foi o ápice. Hoje, quando saiu daqui, fiquei tão arrasada. Passei meia hora sentada tentando digerir sua atitude, minutos atrás. Não to te culpando pela minha decepção. Me decepcionei sozinha, pois eu já sabia que aquilo poderia acontecer. Só que quando eu senti na pele suas acusações, daquele jeito, e eu me vendo numa posição de ter que justificar uma mancha vermelha nos ombros ou uma marca de unha, ou pior, presenciar você me analisando daquela forma, como se eu fosse uma suspeita de um assassinato ou sei lá o que, tudo

Bulimia da fome

Bulimia da fome Diz que a história de bulimia que encontra-se aqui é um pouco diferente das bulimias que se encontram nas gerações de emissoras de TVs. Mas a televisão foi a principal causa deste caso. Depois o caso só desandou, conforme a dita realidade econômica de anarquistas do sertão do Ceará. O nome dela era Cafusa, como várias outras cafusas existentes naquela época. De cabelo ruim, olhos grandes e bucho quebrado. Mas haviam os que elogiavam: "rai ficá bunita quando crescê em, essa tua fia!? A cô da pele dela é a mar bunita que rá vi". Cafusa sempre era elogiada pelos amigos de seus pais, mas nunca por seus amores platônicos de escola, ou por suas paixões por homens mais velhos que nem a notavam. Ela começava a começar a desenvolver vaidades daquelas moças de televisão: louras, da bundona e de barriga... Que barriga? Elas simplesmente eram esbeltas e perfeitas, notou. Foi a primeira vez que Cafusa correu pra frente do espelho e se percebeu se olhando de lad

Poema penso que valeu

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Penso que valeu! Penso que valeu! Mas quando recebi a mensagem que não virais mais Meu peito caiu no chão e foi como se alguém pisasse em cima e o pressionasse cruelmente. Eu não estava sozinha, Com um bak na boca e a tentativa de disfarçar Implorando mentalmente pra logo ficar só e me trancar Me libertando de tanta fuga. O sentimento de que ele iria voltar me permitia não sentir a saudade tão contida e açoitada. Mas foi quando ele deu o cruel recado que saiu lá do fundo as piores tristezas foi quando tranquei-me em meu quarto que abriu-se meu peito caído, Cheio de mágoas disfarçadas nas drogas e em minha vidinha irada. Ele não mais voltaria! Coloquei aquela playlist do spotyfi criada pra gente nos momentos mais quentes e lindos De quando eu deitava em teu peito na segurança da quintura do teu cheiro e carícias cafungadas E agora esvaziada de cheia de vazio Com a máscara desmascarada toda cagada de si Sentindo uma angústia aqui de dentro pra fora E agora, José? já dizia Drummond