Poema penso que valeu

Penso que valeu!


Penso que valeu!
Mas quando recebi a mensagem que não virais mais
Meu peito caiu no chão e foi como se alguém pisasse em cima e o pressionasse cruelmente.
Eu não estava sozinha,
Com um bak na boca e a tentativa de disfarçar
Implorando mentalmente pra logo ficar só e me trancar
Me libertando de tanta fuga.
O sentimento de que ele iria voltar me permitia não sentir a saudade tão contida e açoitada.
Mas foi quando ele deu o cruel recado que saiu lá do fundo as piores tristezas
foi quando tranquei-me em meu quarto que abriu-se meu peito caído,
Cheio de mágoas disfarçadas nas drogas e em minha vidinha irada.
Ele não mais voltaria!
Coloquei aquela playlist do spotyfi criada pra gente
nos momentos mais quentes e lindos
De quando eu deitava em teu peito na segurança da quintura do teu cheiro e carícias cafungadas
E agora esvaziada de cheia de vazio
Com a máscara desmascarada toda cagada de si
Sentindo uma angústia aqui de dentro pra fora
E agora, José? já dizia Drummond de Andrade!
Só sei se prosseguir, mesmo sabendo que amanhã estarei bem,
Com apenas mais um peso a menos no meu coração
Com o pedaço despedaçado no piso do meu quarto
Igualmente vazio e no chão.
Assim vou guardando os cacos e quando meu peito estiver todo quebrado vou montar uma arte de recordações.
A resposta, Drummond, é flua, José!

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