Noite seca

De cara no vinho da serra gaúcha

O Trontobel

Ouvino Intimidade e tentano sentir o vinho 

aquelas né...

Tentano sentir o cheiro do alecrim de Liniker

Peticasno um amendoim, até parece luxo

Talvez seja...

Pego a garrafa fria do tempo e o vinho desce feito café gelado,

esquentano o coração de alguém

de alguém...

e na mesa o cinzeiro dança com as folhas da Santa kaya

Cheio das cutjias dos cigarros que pairavam feito defuntos distorcidos de podridão.

Levanto em busca da lua nova, pincelada no céu como tinta neon na janela

Levano a xícara transparente que substitui a taça 

Com o vinho dançano, mal sabe que desce mal.

Engulo um gole que enche minha boca e desce arrepiano todos os pelos possíveis

e desce em meu queixo como sangue suave...

interrompida pelo desejo de fogo que se encontrava no quarto

Na cana ardente ao invés de uva ardentemente suave

Sentida pela mão que me interrompeu preencheno toda a redondeza do meu peito,

esquentano tudo, do meio pra cima voltano pro tudo.

A noite previsível ainda ansiava uma meia garrafa de vinho

até lá a noite seca.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Você

Não é pessoal

Terceira margem do riso