A Lua
Vestiu-se toda nos traumas da terra
Pegou pra si sentimentos humanos
Por assistir a humanidade
Por vestir nuvens cinzentas
Por vestir medos de vidas passadas
A lua se imaginou humana por um instate
E teve certeza de sua humanidade poluída
Agora solitária de inseguranças
A lua vestia nuvens que pareciam meias
E meias ideias de lua em um meio inseguro
Ela trocaria seu brilho pra não mais sentir
Sentimentos inexistentes pra uma lua
Ela pousaria na terra e esmagaria a humanidade
Mas seus sentimentos a impedia
Trocaria todos os olhares e holofotes pra não sentir solidão
Mas nunca pediu pra ser lua sentida
Apenas lua
Trocou mais uma nuvem de meias
Meias, apenas meias
Meias ideias
Meios pensamentos
Nenhum movimento voluntário
A lua limitada pela gravidade das inseguranças humanas pegada pra si
Cansada de meias, resolveu congelar sua existência em fases subdividas nas intensidades naturais do tempo
Quem sabe o tempo a levaria pra longe?
Ou quem sabe a afogaria no mar?
E se entorpeceu em substancias que a tiraram do céu
Abandonando sua superfície.
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