Vigésimo oitavo dia

Vigésimo oitavo dia.  

A taça da cerveja que já nem transpirava na mesa florida esverdeada. 

Meus olhos percorrem sobre o litro 600 e penso que só há mais um. 

Minhas mãos lentamente e distraída toca a taça fria e a leva até a boca. 

Já quente, desce enjoada. 

Minhas pernas balançam descontroladamente e tem uma coisa no meu estômago, 

como um buraco esvaziando e dando espaço para algo estranho. 

Sinto saudade de ter um espaço pra chorar. 

Mas só as vezes bate isso. 

Toco minhas tranças mal traçadas de boxeadora e escuto um Rap sensual de romance. 

O sol invadiu a sala mais tá de noite e não é hora. 

Amor, só preciso de encher a cara sozinha e receber o sol nas face n'outro dia 

e nem sentindo a presença de ninguém de carne e osso. 

Sou mais alguém que sonha demais e quer do mais. 

Sol, vem só amanhã, no momento certo?!

Preciso de um pequeno pedaço solitário só meu!

Chapou? - Alguém cortou minha lombra abruptamente.

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