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Da janela do condomínio de Foz há uma visão de umas árvores belas
No escuro de fora com a luz encadeando de dentro,
visualizo a cerca da zona rural da terra do peixe limitando o roçado
E as pessoas conversando em baixo, imagino os vizinhos fofocando no terreiro.
Dentro de mim sinto dois corações batendo
talvez seja apenas ansiedade.
Sinto minha respiração ofegar
Meus mamilos tão roxos!
Como seria criar uma criança em um ambiente como esse? Devaneio.
Cresceria um adulto limitado e civilizado a ponto de me dá ânsia de vômito.
Eu não deveria tá pensando nessas questões.
Quero entrar no Paraguai e dar dois na terra dessa lombra.
Ficando longe de minha terra, tenho que fazer valer a pena
Mas não posso deixar de imaginar uma neguinha como eu, toda cacheada.
Se for positivo, somente na próxima haverá tempo
Sozinha eu consigo voar com responsabilidade própria
E arriscar desenhar algum lugar pra ir até os trinta
Sem precisar conter-me
Sem precisar prender-me
Estou sendo individualista?
Ou sou somente uma jovem irresponsável
Tentando cobrir o próprio sujo?
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