Tô por um fio

Tô por um fio

 ||When crying isn’t enough. simplysheerene
Com cana de açúcar, deitada na rede e quereno tá nua e'natureza
Meus olhos bem brancos imaginano o vermeio e sentino o cheiro
E tua presença insistino em não tá
e minha carência insultano-me sem notar
Mas ôh que saudade d'estar!
E cana de açúcar no dente em bagaço frustrano meus passos de pensar
Enquanto mastigo, meu estômago vazio vai encheno mais não a angustia de dentro
Já senti vontade de sair correno sem rumo no vento e gritar sem voz 
mas me deprime em saber que não dará em nada. Será?
Então me sinto melhor em não sentir essa vontade de explodir por explodir
É quando me refugio em coisas rasas pra aos poucos preencher essa vontade de meu habitat seguro
E essas coisas, ai!.. esses coisas me arrastam sem dó... Essas coisas vazias e sem sentido ao preencher
É como uma tampa improvisada que deixa vazar todo o álcool sem ver
ai ai ai
quão perdida me sinto em estar em um lugar só, me encontrano no perdido
É como me encontrarem e eu me continuar perdida
Sem rumo porque o rumo foi exterminado
E que frustração!
Abro a televisão
o cara no preto correndo e sendo pisoteando no branco
E o preto nas veias sendo derramado em contraste
E vi as pessoas correno e gritano sem voz, sem fio nenhum
Quereno abraçar e cheirar e respirar, mesmo sem pulmão
Sem rumo, limpano o sangue seco do chão
Com apenas um risco negro e arriscano em desespero
ai ai ai
que saudade de abraçar. Cadê minha voz?
Abraçar coletivamente.
Então... agora acredito em coletividade!
E o bagaço da cana já sem açúcar na boca. Já pode cuspir!
Cadê vocês nesse frio?
To por um fio!

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