Pé de jurema

Eu descia minha vista em direção a algo que falavam, sem me importar com o que diziam
Clara, a rede tá armada no pé de jurema! 
Algo me chamou atenção nessa afirmação.
Jurema!
Eu já havia pegado viaji com a Cabocla Jurema, num rio, um dia.
Um pássaro vinha descendo baixo e quando chegou-me perto, cantou um canto de arrepiar até os pelos pubianos.
Pensei: ôh mãe Jurema, então tu tá me abençoano!?
Depois fiquei voltando na mesma cena, por que então mãe jurema?
Lembrei-me disso tudo enquanto olhava pra árvore que estava a rede.
Mais tarde, encontrei soda cáustica e solvente em uma ferramenta de pesquisa
é DMT puro, afirmavam!
Foi exato e já era tarde, minha cachola curiosa e cheia de ganancia por drogas acabou atraindo o caminho pra aquilo.
Mas no final não encontrei nenhum dos objetivos químicos
Excerto meu amor com uma grama de café
E seu corpo tatuado de mentiras gostosas de se iludir.
Ele me ajudou a procurar os objetos, mas eu já o havia achado, encontradíssimo
E lindo na minha ilusão de doida.
ôh mãe Jurema, eu sei de tua interferência, mas por que então?
Fumei na beirada do rio de minhas lembranças de Jurema, com meu amor 
Ma talvez não tenha o sentido sentir 
E seu pássaro não cantou e me sentiu-se fria
Fui pra casa sem os objetos e com humor rindo de paixão 
Peguei a raízes em abundância e segui um passo a passo de vinho de jurema
Senti uns arrepios e fiquei sentindo toda a presença do meu corpo
Depois vi nas cartas um ariano que até nas cartas tá
Mas não desisti do DMT.

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