Superficial

 

Superficial! 

Durante muito tempo em meus conflitos amorosos internos, questionei seriamente as relações supérfluos.
Afastei-me de energias rasas e secas
Afastei-me do junto solitário e da solidão de uma presença.
A falta de afetividade era o que eu questionava.
A falta da mente presente e não do corpo.
Dizem que você é o que você atrai, e eu esvaziava-me a cada ser vazio. Então comecei analisar a mim própria:
Por que eu me permitia àqueles vazios e o que eu pretendia preencher?
Não sei o que aconteceu, mas parei de atrair relações superficiais.
Depois de um tempo, surgiram em minha vida a profundidade de sexos intensos e carinhos afetivos, com o limite que os dois lados permitiam. Era a satisfação de descobrir-se se amando antes de amar alguém.
Até que...
Bom, é um pouco confuso, mas depois as relações profundas que surgiam iam desaparecendo e surgiam outras com uma rapidez assustadora de profundidade.
Passei a me questionar se isso não seria outra forma de superficialidade, mas dessa vez minha.
Talvez minha superfície é capaz de enfurecer-se como uma tempestade em pleno mar e navegadores se afogam, mas só afundam quando todo o ar expelir-se.
Mas e minha superfície, solitária depois de engolir tudo, indiferente com o mar?
É confuso se apegar a alguém afetivamente com toda a profundidade e outrora acabar como um rolê de drogas, em que no outro dia a sobriedade vem.
É questionável esse apego profundo e, ao mesmo tempo, fugaz
É questionável o superficial então?
É questionável, hoje lembrar do seu rosto e sorrir e amanhã lembrar de um sorriso novo e sentir o mesmo apego que senti por você.
É confuso, mas as vezes sinto que me encontro a cada questionamento e vivo um de cada vez.
Só não quero me tornar meu próprio monstro.

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